Fungos usados na industria farmacêutica
Durante séculos, até
milênios, a Humanidade estudou as plantas para delas extrair medicamentos. Hoje
esse lugar é ocupado pelos fungos, pois começa a ganhar espaço a pesquisa
voltada para os microorganismos. O número de produtos farmacêuticos à base de
fungos está em rápido crescimento. Aliás, a produção desse tipo de fármacos é
relevante para o Brasil, dada sua enorme biodiversidade em fungos. Existe hoje,
alicerçada pelo desenvolvimento da engenharia genética, uma grande tendência
para a produção de drogas por processos fermentativos, na procura de vantagens
técnicas, econômicas, energéticas e ambientais. É uma corrida em busca de
microorganismos com substâncias de interesse farmacológico, sobretudo em regiões
tropicais.
Penicillium notatum
Foi descoberta em 1929 por Alexander Fleming. O
cientista observou que na presença do fungo Penicillium notatum, o crecimento
da bactéria de Staphylococcus era inibido. O fungo "se defendia" do
ataque da bactéria jogando uma molécula, um metabólito, a penicilina, que era
um antibiótico. Essa droga quase milagrosa revolucionou a medicina, pois até
então não se sabia como controlar doenças causadas por bactérias, às vezes
originadas a partir da
infecção num simples corte do dedo, mas que podiam matar
uma pessoa.
A
penicilina foi o primeiro antibiótico a ser produzido industrialmente. Muito do
que se aprendeu na transformação das observações de Fleming numa operação de
larga escala, economicamente viável, pavimentou o caminho para a produção de
outros agentes quimioterápicos, à medida que foram descobertos.
Fungos Endofídicos
Ano passado o
começou o estudo e isolamento dos fungos endofídicos, aqueles que vivem no
interior dos tecidos vegetais. Em razão do seu habitat, eles têm um potencial
maior de produzir substâncias biologicamente ativas. Ao isolar esses fungos é
possível testá-los quanto à sua capacidade de produzir substâncias com
atividade farmacológica (antibacteriana, antifúngica, antitumoral,
imunosupressora ou imuniestimuladora).
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